Ana Pina
Originária do Porto, a Ana Pina combina o movimento do traço com a geometria herdada da formação em arquitetura na criação de peças que aliam técnicas tradicionais de joalharia a conceitos contemporâneos de design.
Algumas das suas coisas favoritas incluem gatos, a cor vermelha, chocolate, livros, música, cinema, viagens e yoga.
Fomos visitar a Ana para conhecer melhor o seu processo de criação e produção e o seu novo e lindo espaço de trabalho. Vamos contar-vos tudo! 🙂
Entrevista
Diz-nos quem é a Ana Pina e o que faz?
Nasci no Porto, em 1980, cidade onde estudei, vivo e trabalho.
Depois de dedicar alguns anos à minha área de formação, a arquitetura, decidi aventurar-me no universo da joalharia contemporânea e desde 2012 que desenvolvo a minha marca pessoal nesta área.
Algumas das minhas coisas favoritas incluem gatos, a cor vermelha, chocolate, livros, música, cinema, viagens e yoga.
Como é que descobriste o interesse pela joalharia?
Surgiu depois de algum tempo a fazer peças de bijuteria nos tempos livres. A vontade de aprofundar conhecimentos, controlar o processo de criação das peças desde o desenho à produção, levou-me a inscrever-me num workshop de joalharia e, mais tarde, a seguir o curso completo na Engenho e Arte.
O que é que te inspira?
A minha formação em arquitetura tem, consciente ou inconscientemente, uma forte presença nas minhas fontes de inspiração, através de um vocabulário que deriva de relações geométricas e de proporção, articulações, formas angulares, assimetrias… mas ideias para novas peças podem surgir de formas da natureza, características dos próprios materiais ou simplesmente do processo projetual, do desenho, de experiências, tentativas e erros.
O que é que mais e menos te agrada na criação das tuas peças?
O que mais me agrada é o processo criativo, que vai desde o primeiro esquisso até à criação do protótipo. Agrada-me ver nascer as possíveis variantes e vencer as dificuldades técnicas da execução, mas depois do primeiro exemplar feito, quando é necessário repetir sucessivamente a mesma peça ou a mesma tarefa, sobretudo na fase dos acabamentos, é quando a produção entra na fase mais cansativa, por ser também a menos estimulante do ponto de vista criativo.
Tens um novo espaço de trabalho, que também recebe outros criadores, o Tincal lab. Queres falar-nos sobre este novo projeto?
Por um lado é um espaço físico: uma oficina de joalharia que, para além de ser o meu novo espaço de trabalho, aberto a receber clientes que queiram ver as minhas peças ao vivo, tem também bancas disponíveis para arrendamento mensal ou pontual a outros joalheiros. Por outro lado, funciona como plataforma virtual que, em colaboração com a Telma Oliveira, criativa da Wek, pretende dinamizar a área da joalharia através de colaborações e eventos.
Quais são os teus projetos para o futuro?
Continuar a fazer crescer a minha marca, procurando mais pontos de venda, sobretudo fora de Portugal. Promover o novo espaço Tincal lab, abrindo as suas portas a um público mais vasto e a outros joalheiros. O primeiro grande evento está já agendado para o final deste ano: uma exposição sob o tema Joalharia e Arquitetura, que conta com participantes de mais de 10 países.
Que conselho dás a novos artistas e criadores portugueses?
Nada fácil! Eu própria faço parte desse grupo e dificilmente poderei orientar alguém. O mais importante é não ter medo de elevar as expectativas e abraçar novos desafios, seguir persistentemente um caminho em que acreditemos – mesmo que pô-lo em causa faça parte do processo – e trabalhar diariamente nesse sentido, evoluindo e crescendo sempre.
A Ana Pina... Num Minuto
A Ana Pina nasceu no Porto, em 1980, e para ela o trabalho é um estilo de vida e a felicidade uma prioridade. Depois de se dedicar alguns anos à sua área de formação, a arquitectura, aventurou-se no universo da joalharia contemporânea.